02/04/2011

Chamados Para Servir




 Por Fabio Alves
Resumo do livro “chamados par servir”, de Eduardo Leandro Alves


Na igreja todos são chamados ao serviço à Deus, e não só os diáconos. O cristianismo é serviço a Deus em prol da humanidade. Tudo quanto fazemos deve ser para o louvor da glória de Deus. Até mesmo a adoração ao Senhor é um serviço.
O serviço a Deus é uma vida voltada para o criador. Muitos confundem servir a Deus com servir à igreja enquanto instituição, o que torna a vida dos fieis, muitas vezes, produto do marketing para uso pessoal de quem o projeta, em uma visão mercantil, egocêntrica, utilitarista. Infelizmente, uma relação de clientes e funcionários.
Foram necessárias mudanças ocorridas ao logo do tempo para que a mensagem fosse compreendida em cada geração. Mas na tentativa de contextualizar o conceito que a palavra Diaconia carrega para o nosso século, o autor segue o caminho parecido com o que disse o apóstolo João.


“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” João 3. 17,18
Porém o conceito de ação social não é o único usado para Diaconia, que também está ligado a uma compreensão de missões e evangelização para expansão do Reino de Deus.
A palavra diácono refere-se aquele que serve ao outro, ou seja, diz respeito ao serviço em prol do outro, dos seus irmãos e do seu próximo, em prol da comunhão, quer o  serviço se realize ao servir a mesa, quer o servir seja o ensino da palavra ou a exposição dela, ou de outra maneira qualquer.
Em Marcos 10.43-45, Jesus estabelece o princípio básico do servir, quando diz: “- Quem quer tornar-se importante entre vocês, deverá ser servo. Pois o próprio filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
Para o apóstolo Paulo, todos os dons usados dentro do corpo de Cristo, com o fim de edificar o corpo, são os dons carismáticos de Diaconia(I Co 12.4,5).
Então pode-se dizer, que quando uma pessoa trabalha dentro do corpo da igreja com os seus dons, na verdade ela exerce a Diaconia, ou serviço em favor do próximo, não importando o dom que ele tenha. Servimos a Deus e servimos uns aos outros.
Paulo vê a obra de Cristo como Diaconia de Deus em Cristo pelos homens. A obra de Cristo é um ministério que produz justificação. O termo é usado para obra de proclamar o evangelho( I Co 4.1). a igreja inteira é composta por membros diáconos, que têm a função de servir uns aos outros com os seus dons, e ao mundo pregando o ministério que produz justificação.
Com o crescimento da igreja, os apóstolos ficaram sobrecarregados em suas tarefas, e por isso separaram sete homens cheios do Espírito e de boa reputação. Como essas pessoas tinha o ofício de servir, necessitavam de serem movidas pelo Espírito nas suas ações e, com a boa reputação seriam bem aceitas entre a comunidade. Essa proposta caiu no agrado da comunidade e dos discípulos, os quais acatam a sugestão, e o texto termina dizendo que assim a palavra de Deus se espalhava e crescia rapidamente o número de discípulos.
É de suma importância observar que a ocorrência da palavra Diaconia dentro do texto, no versículo 1, é usada para falar de distribuição de alimento aos membros da comunidade, e no versículo 4, a palavra foi usada para dizer que os apóstolos iriam se dedicar a oração e o ministério da palavra, ou seja, Diaconia da palavra. Demonstrando que a pregação da palavra também faz parte do ministério diaconal.
Podemos então inferir que Diaconia é serviço ao próximo e que esse serviço é praticado de uma ou de outra forma por dentro da igreja. Quando os apóstolos sugeriam a divisão dos serviços, para que a distribuição dos alimento e a pregação da palavra não ficassem esquecidas, não significou que, dentro da comunidade, o grupo que prega a palavra não distribui alimento e o que  distribui alimentos não prega a palavra.
Ademais, o texto sugere que os sete foram chamados de diáconos, porque diáconos todos eles eram.
O autor conclui então, que tanto os que estão no ministério da palavra como os que distribuem alimentos estão servindo ao próximo e com isso, exercendo Diaconia. Esses dois campos de atuação devem fazer parte tanto da evangelização aos não crentes, quanto da vida dentro da comunidade, sem que um não perca de vista o outro, pois só existe uma igreja, que é a igreja em missão, e só existe uma missão, que é a missão da igreja.
Quando essa prática acontece, a palavra de Deus cresce como também o número de discípulos. Além disso, quem estiver trabalhando em uma das áreas da Diaconia, não tem porque se considerar mais do que o outro, pois ambas as formas de Diaconia fazem parte da vida dos discípulos de Jesus Cristo.
Percebe-se que todos os dons estão de uma forma ou de outra ligados à Diaconia, o que impossibilita os pastores a ficarem com todos os cargos, pois toda a igreja é incumbida de servir, ou seja, exercer Diaconia com seus dons. Em I Co 11. 17-34, Paulo não tinha porque elogiar aos seus leitores, pois estava havendo divisão na hora da distribuição da refeição Ágape, que precedia a santa ceia. No momento da refeição Ágape, todos traziam alimentos. Os que tinham mais, traziam mais alimentos e todos se saciavam. Ali também participavam os escravos e miseráveis que saciavam sua fome. Era no momento da refeição que acontecia a Diaconia, na verdade era uma Diaconia completa até no momento do culto. A Diaconia do pão e da palavra não se desassociavam.
De fato, o que se percebe no texto é que isso não estava acontecendo. Os que tinha mais e eram livres chegavam antes a reunião e comiam o que trouxeram. Quando por fim, chegavam os necessitados, não tinham o que comer. Paulo, então, apela para a instituição da Ceia feita por Jesus. O aspecto diacônico que esteve presente na última ceia de Jesus com seus discípulo.
Conclui-se que, dentro da comunidade do corpo de cristo e ainda dentro do próprio momento do culto as coisas não podem ser dessa forma, onde uns vivem na abundância e outros passam necessidade. É preciso haver harmonia entre a Diaconia do pão e a Diaconia da palavra.
Ao longo da história da igreja o exercício da Diaconia, supervalorizou o espiritual em detrimento do material, ou vice versa.
É necessário ter em mente, que todo aquele que é resgatado pelo evangelho de Jesus Cristo é impulsionado e ordenado pelo mesmo evangelho, em direção ao próximo.  Ao olharmos para as escrituras, quando Deus criou o homem, Ele o criou à sua imagem e semelhança com a finalidade de guardar a criação e preservar a vida. Ali, havia harmonia entre o ser humano e o seu criado, a natureza e os seus semelhantes. Porém como pode-se observar em Gênesis, o pecado destruiu a integralidade existente no Édem. O ser humano perdeu o sentido real de si, de Deus e da criação. Assim, em vez de preservar e defender a vida, ele se tornou um agente a lutar contra a vida. Mas Deus enviou o seu filho em atitude de amor para resgatar a humanidade. Este resgate, segundo as escrituras vem através da fé em nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Toda Diaconia, primeiramente precisa testemunha desta boa nova. Portanto, só existe Diaconia que serve “a mesa” e “pregue a palavra” como ela é. A Diaconia faz parte da vida da comunidade cristã que cumpre o mandamento de anunciar a chegada do Reino de Deus.
A igreja é a proclamadora do Reino. A responsabilidade do anúncio e a sua universalidade pertence à igreja. Jesus, o Messias, o Verbo encarnado, trouxe a realidade do Reino até nós e nos incumbiu da anunciação da salvação. Pode-se dizer, então, que a igreja é a expressão do senhorio universal de Jesus Cristo.
O novo Testamento leva o autor a concluir que a igreja, para ser compreendida corretamente deve ser vista no contexto do propósito universal de Deus em Jesus Cristo. A intenção de Deus é fazer convergir nele todas as coisas,. Tanto as do céu quanto as da terra(Efésio 1.10).
O segredo revelado está sendo realizado na igreja, cuja confissão de Jesus Cristo antecipa o propósito de Deus, que ao nome de Jesus todo joelho se dobrará e toda língua confessará que ele é o Senhor. No entanto, à luz do propósito universal de Deus, não é possível entender a relação do mundo com o reino exclusivamente em termos da providência de Deus. Com a vinda do Senhor Jesus, todo mundo foi colocado sob o sinal da cruz, e isso significa, não somente o juízo, mas também a graça, pois seu ato de justiça – morte e ressurreição – traz a luz esta questão com clareza.
O Deus da redenção é também o criador e juiz de toda  a humanidade que deseja justiça e reconciliação para todos, seu propósito para a igreja não é diferente dos seus propósito para  a humanidade, por isso, o autor conclui que a prática missionária da igreja deve ocupar o lugar de destaque. A peregrina, que está de passagem, cumprindo com os propósitos universais do Criador, contribuindo côo colaborador Daquele que É, habitando no Reino e apresentando os sinais do mesmo. A discussão teológica do Reino apresenta dois elementos: o presente e o futuro escatológico e é aí que se relaciona com a Diaconia. Tanto da palavra – evangelização – quanto da ação social. Em sua Diaconia a igreja participa do ganhar, libertar, preparar e enviar o discípulo do nosso Senhor Jesus.
Logo, caminhando nessa compreensão do anúncio do Reino de Deus, pode-se entender que a missão é antes de tudo o ato de Deus de enviar a si mesmo, tendo o homem como colaborador de sua obra. O que o Senhor espera é que da mesma forma que ele foi fiel a obra do Pai, nós também sejamos.
O autor conclui que Diaconia, ou seja serviço é o método pelo qual a igreja exerce a tarefa profética de evangelizar, e é o serviço para o qual ela é enviada. Por isso, sua vocação é marcar a sociedade, demonstrando os serviços divinos ao exercer a Diaconia para com o próximo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Cada dia vejo que estou mais longe da aonde eu deveria estar!
Cada dia me arrependo de nao estar aonde deveria estar!
Cada dia sinto que para-se nao vou chegar!
Cada dia vejo que ainda a muito para caminhar!

Gostaria dizer amanha vou chegar, gostaria de gritar que e enfim começo ver o final e que muito longe ele nao estar, mais com esses pes que me levam para fora do caminho, com esses joelhos fracos que vacilam na frente do perigo,ah Senhor se depende-se de mim, se depende-se de mim nos teus braços ja gostaria de estar.

Ainda bem Senhor que isso nao dependia de mim, pois sou homem falho que vivo no meio de um povo pecador que nao e digo nem tirar suas sandalias.
Ainda bem que o Dia do Senhor chegou, minha alma se alegra, que o caminho que eu nao consequia pecorrer, ele aondou ate mim.
Levantou-me e disse filho, nao temas agora estou aqui e irei caminha contigo para que juntos possamos vencer.

Anônimo disse...

gostei texto... um dia quem sabe chego ser verdadeiro diacono..:S

Fabio Alves Monteiro disse...

Vc é pois lembre-se é de Glória em Glória pois o Senhor completará a boa obra!

Elaine Alves disse...

Que eu diminua e Cristo cresça em mim, pois sem Ele, Sua graça e Sua glória, não serei capaz de exercer aquilo que Ele me chamou para fazer: proclamar o Reino do Messias!

Postar um comentário