05/10/2013

As origens de Israel.


Por Fabio Alves




Para falar das origens do povo hebreu temos que falar da genealogia que esta descrita no primeiro livro da Bíblia.
Os hebreus são descendentes de Sem filho de Noé o único filho de Adão que guardou a palavra do Senhor e andou de forma reta encontrando graça aos olhos do Altíssimo.

Os descendentes de Noé em pouco tempo depois do dilúvio não andaram segundo os ensinamentos e o coração de seu patriarca a ponto de todos se reunirem para confrontar o Senhor na construção da torre de Babel ou melhor dizendo do Zigurate de Babel.  Essa pirâmide é símbolo da rebeldia e independência humana de seu Criador e Senhor. Nasce aqui a primeira  das religiões contra Deus. É aqui que começa a idolatria e feitiçaria. Que se espalhou por toda terra depois da confusão das línguas.  ( Gn 11:7-9).


Por causa das diversas línguas o povo se dividiu em diversas colônias e em diversas cidades.

Sem, que já tinha idade, gerou a Arfaxade que foi pai de Salá que gerou Eber e deste nome que descende a palavra Hebreu como são conhecidos os que hoje chamamos de judeus. Eber gerou Pelegue e este teve por filho a Reú que teve por filho Serugue e este teve por filho a Naor que gerou a Tera que foi pai de Abrão.

Tera teve três filhos, são eles: Arã, Naor e Abrão. Arã morreu em Ur na Caldéia, onde segundo o Historiador Flávio Josefo esta o seu sepulcro.   Este deixou um filho de nome Ló e duas filhas Sarai e Milca. Abrão casou com Sarai e Naor com Milca.

O Senhor chama Abrão e lhe faz promessas a principal e que nele serão benditas todas as nações da terra.

Tera que segundo Josefo não estava satisfeito em habitar na Caldéia por causa da perda de seu filho Arã vai com toda família para cidade de Harã na mesopotâmia. E em Harã morre Tera com a idade de duzentos e cinco anos.  Abrão então tomando seu sobrinho Ló e sua esposa Sarai desce até a terra de Canaã. Quando sai de Harã para terra de Canaã Abrão tinha 75 anos.



Naor irmão de Abrão teve de sua mulher Milca oito filhos e de sua concubina teve quatro. O mais novo filho de sua esposa Milca Betuel teve um filho de nome Labão e uma filha de nome Rebeca.

Abrão era um homem prudente e muito eloquente, conhecedor das ciências de sua época e poderoso em virtude e caráter. Por ser um homem sábio Abrão ao estudar o sol a lua e as estrelas deduziu que a um poder superior regulando esses movimentos sem o qual todas as coisas cairiam em confusão e desordem.  Abrão foi pastor de ovelhas e peregrino na terra de Canaã onde percorreu ao longo de sua vida toda sua extensão. Enviado por Deus a terra de Canaã Abrão era também profeta do Senhor sendo chamado pelo próprio Deus de seu amigo. Abrão tinha um relacionamento com Deus a quem rendia adoração e ação de graças por meio de sacrifícios e louvor. 

Em Siquém  Abrão tem um encontro com Deus onde o Senhor diz que vai dar a semente dele a terra de Canaã. Em Betel também invocou o Senhor e dali seguiu para banda do sul. Vindo sobre a terra uma grande falta de recursos e fome este homem de Deus desceu até o Egito terra dos faraós.

Ao descer para terra do Egito Sarai por causa de sua grande beleza foi tomada a casa de Faraó porém o Senhor feriu a casa de Faraó por causa da mulher de Abrão. E quando o soberano do Egito devolveu Sarai. Abrão saiu com todos os seus bens do Egito. Segundo Josefo Abrão conversou com os homens sábios do Egito e esse debate lhe deu grande renome nas terras Egípcias.  Ao retornar a Canaã Abrão invoca o Senhor em Betel.

Ao voltar dividiu com seu sobrinho as terras de Canaã ficando Ló perto da cidade de Sodoma onde tinha uma bela planície e pastos verdes perto do Jordão.  
Em Hebrom  edificou um altar ao Senhor.
A cidade de Sodoma e invadida pelos Assírios e Ló e sequestrado e libertado por Abraão. Nessa luta Abrão conta com um pequeno mas disciplinado grupo de 318 homens e 3 amigos.  Deus o concede a vitória pois aquele pequeno grupo em condições normais não venceriam os Assírios.


Depois de sua grande vitória o Rei de Salém trouxe pão e vinho e ofereceu um grande banquete em honra a Abrão e este homem era sacerdote do Deus todo Poderoso e Abrão deu-lhe o dizimo de tudo.

Deus lhe promete um filho e lhe pede para contar os céus e as estrelas e diz assim será tua semente. Abrão com o passar do tempo aceita a sugestão de sua esposa Sarai e toma sua serva e com ela tem um filho que lhe da o nome de Ismael. Deus muda o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sarah e lhe reforça a promessa que tinha feito e lhe promete a terra de Canaã por herança perpetua. Com a idade de 99 anos Abraão e seu filho Ismael de treze anos e toda sua casa são circuncidados.

O Senhor lhe aparece no carvalho de Manre e dele nada esconde, Abraão intercede por Sodoma e Gomorra. Em hebreus 11;10 o autor do livro nos informa que Abraão esperava a cidade que tem fundamentos e que o construtor é Deus e Jesus nos diz que Abraão sonhou em ver seus dias, isso nos prova que Abraão sabia que o filho de Deus seria um de seus descendentes e que desta forma as nações da terra seriam abençoadas.  

Esse grande homem de Deus, pai da fé e patriarca da nação de Israel veria agora o seu grande sonho realizado pois o Senhor contra todas as probabilidades lhe concederá um filho.

Isaque o filho da promessa! Abraão depois de despedir Agar com seu filho Ismael a qual Deus prometeu fazer dele um grande povo agora recebe a ordem de oferecer seu filho Isaque em sacrifício na terra de Moriá e ao subir o monte e realizar a vontade do Senhor sem questionar o Anjo o impede. Abraão o pai da fé homem obediente  manso e reto.

Depois da morte de sua esposa Sarah Abraão teve outra esposa chamada Quetura e com ela teve filhos mas antes de descansar sua alma ao lado de Sarah despede seus filhos com muitos presentes e bens para não herdarem com Isaque a qual deixa sua herança.
Isaque é o herdeiro de Abraão e se casa com Rebeca. Como seu pai Isaque peregrina nas terras de Canaã. Fiel ao Senhor Isaque vive uma vida reta e guarda em seu coração os ensinamentos e a relação com o grande Deus todo Poderoso criador dos céus e da terra. Isaque tem dois filhos Esaú e Jacó. Jacó apesar de ser o mais novo é quem recebe a benção do pai sendo assim o herdeiro da promessa que estava sobre a vida de Abraão e de Isaque.

Depois do exílio Jacó volta casado com duas mulheres e tem também filhos com suas criadas no total Jacó tem 13 filhos sendo 12 homens e uma mulher. Jacó peregrina como fez Abraão e Isaque pela terra de Canaã. Como seus pais tem um relacionamento intimo com Deus sua mudança radical acontece quando depois de muito tempo de trabalho duro em terra estrangeira no caminho de casa ele se encontra com o Anjo do Senhor que o feriu na coxa e mudou seu nome para Israel.   

Já maduro Israel acha que perdera seu filho José para uma besta fera mas o mesmo tinha sido vendido por seus irmãos por conta da inveja que sentiam do rapaz.

Chegando ao Egito José vira escravo de um homem rico e o serve com fidelidade. Mesmo assim por conta de uma mentira José apesar de inocente vai parar na cadeia. E depois com o auxilio do Senhor que sempre esteve com ele sai da cadeira para se tornar o segundo homem mais importante do Egito.

Com o ajuda de Deus José realiza uma revolução sem derramar uma gota de sangue. Em seu Governo ele fez uma grande reforma social e econômica naquela nação.  Primeiro construiu muitos armazéns para guardar sementes, grãos e trigo. Durante os sete anos de bonança armazenaram e guardaram tudo o que pode, pois ele sabia por revelação que viriam sete anos de grande fome em toda terra.  

Com a chegada dos anos difíceis José começa a vender o trigo e os grãos e sementes que guardara em grande escala. Neste período José se reconcilia com sua família e revê seu pai Jacó. Jacó e toda sua casa descem para o Egito e vão habitar na terra de Gósen na terra de Ramessés  no melhor da terra.
Com o avançar da fome e sem mais dinheiro para comprar grãos, sementes e trigo os grandes e pequenos proprietários da terra de Canaã e Egito venderam todo seu gado e por fim todas as suas terras ao faraó que representa aqui o estado Egípcio. Os campos do Egito todos passaram a pertencer ao faraó. Muitos desses campos eram improdutivos ou trabalhadores aravam e plantavam para seus senhores. Agora como tudo pertencia ao estado José deixou que a população plantasse na terra dando-lhes sementes, e que um quinto  da colheita seria de faraó e   quatro quintos seriam dos trabalhadores que estavam trabalhando ali. Assim José dividiu renda, organizou a economia e fortaleceu o estado e os cofres públicos.

O Egito

O Egito da antiguidade parecia uma flor de lótus, essa flor era composta pelo delta do rio Nilo.
No alvorecer da história o Egito era composto de diversos grupos sociais num sem número de pequenos estados chamados monos que com o decorrer do tempo foram se fundindo e se formaram dois estados grandes que correspondiam as duas regiões naturais em que se divide o Egito:

       O baixo Egito com sua capital em Menfis.
       O alto Egito com sua capital em Tebas.

Entre estas duas regiões havia um forte contraste, social econômico e religioso. Tudo era diferente o baixo Egito era mais rico e desenvolvido e o alto Egito era mais pobre os reinos também diferiam em sua linguagem e religião seus deuses eram diferentes como suas formas de se cultuar.

Por causa de suas diferenças ouve entre o alto e baixo Egito guerras violentas e desgastantes.

Consciente da inutilidade desses conflitos, Menés, rei do Alto Egito, conquista o Baixo Egito. Depois de algumas reformas administrativas, esse monarca (para alguns historiadores, uma figura lendária) unificou o país, estabeleceu a primeira dinastia e tornou Tínis, a capital de seu vasto império.
A unificação do Egito ocorreu, de acordo com cálculos aproximados, entre 3.000 a 2.780 a.C. Nesta mesma época, os egípcios começaram a fazer uso da escrita e de um calendário de 365 dias.
Unificados, o Alto e Baixo Egito transformaram-se no mais florescente e poderoso império da antiguidade. Os reis iniciaram a construção das grandes pirâmides, que lhes serviu de tumba e templo. Por causa desses arroubos arquitetônicos, receberam o apelido de "casa grande" - faraó. Então, a cultura egípcia alcançou proporções consideráveis.
No final do Antigo Império, que abrange o período de 2.780 a 2.400 a.C, o poder dos faraós começou a declinar. O fim dessa era de glórias é marcado por revoltas e desordens, ocasionadas pelos governadores dos nomos.
Uma febre de independência alastra-se por toda nação. Cresce, cada vez mais, o poder da nobreza; a influência da realeza decai continuamente. Aproveitando-se desse caos generalizado, diversas tribos negróides e asiáticas invadem o país.
 Entretanto, a intervenção dos faraós tebanos, faz com que o Egito consiga se manter como nação independente.

Nem mesmo o prestígio dos faraós foi suficiente para tornar defensáveis as fronteiras egípcias. Os hicsos invasores, que dominariam o Egito por 200 anos. Eles iniciam sua dominação em 1.785 e são expulsos por volta de 1580 a.C.
Esta aguerrida tribo de pastores os hicsos - conglomerado de povos semitas e arianos invadiu o Egito (através do istmo que o ligava à península do Sinai), venceram os exércitos de faraó e dominaram grande parte do país. José chegou ao Egito no Século XX a.C. Nesse tempo, segundo os historiadores, os hicsos dominavam o país. Sendo, também, semitas, os novos senhores da terra não tiveram dificuldades em demonstrar sua magnanimidade aos hebreus. Mostrando-se liberais e generosos, ofereceram aos israelitas a região de Gósen, onde a linhagem abraâmica desenvolveu-se sobremaneira. E sobre o governo dos Hicsos que José se torna primeiro ministro.

Com a retomada do país pelos egípcios os hicsos são expulsos e é quando os faraós que assumem o governo vê em Israel um povo ameaçador, pois os mesmos eram aliados de seu principal inimigo. Quando a sagrada escritura relata que assumiu um faraó que não conhecia José é que quem já governava eram os egípcios e não mas os hicsos. O povo da terra escraviza os hebreus e vê neles uma grande ameaça, pois achavam que se os Hicsos voltassem Israel poderia se voltar contra eles e apoiar seu antigo aliado e bem feitor. (Ex 1:8-11).

 Devido a Bíblia não ser um livro de geografia não era o foco do autor nos dar exatamente o roteiro que passou o povo no processo da peregrinação. Não temos como ser precisos em nosso relato apesar de todos os esforços que já foram feitos ao longo do tempo pelos estudiosos. Sem contar que as mudanças que aconteceram em 3000 anos são inumeráveis.
Quando soou a libertação Moisés saiu de Zoã cidade a leste do braço do Tanítico do Nilo, mas sendo impedido de passar a noroeste por ser o caminho dos Filisteus e por ter forte proteção do exercito egípcio por ser a única fronteira por terra que eles tinham de defender Moisés segue para o sul em direção ao Mar Vermelho. (Ex 13: 17-18).

 Principais acontecimentos na rota da peregrinação:

1. Ramessés lugar de reunião do povo quando Israel foi tirada do Egito (Êx. 12; Núm. 33:5).
2. Sucote Depois que os hebreus deixaram esse primeiro acampamento, o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, e de noite numa coluna de fogo (Êx. 13:20–22).
3. Pi-Hairote Iniciou-se a perseguição de faraó contra os hebreus. Israel atravessou o Mar Vermelho (Êx. 14; Núm. 33:8).
4. Mara O Senhor fez com que as águas de Mara se tornassem doces (Êx. 15:23–26).
5. Elim Israel acampou ao lado de 12 fontes de água (Êx. 15:27).
6. Deserto de Sim O Senhor enviou maná e codornizes para alimentar Israel (Êx. 16).
7. Refidim Israel pelejou contra Amaleque (Êx. 17:8–16).
 8. Monte Sinai (Monte Horebe ou Jebel-Musa) O Senhor revelou os Dez Mandamentos (Êx. 19–20).
9. Deserto do Sinai Israel ficou acampado cerca de 1 ano.
10. Acampamentos no Deserto Setenta anciãos foram chamados para ajudar Moisés a governar o povo (Núm. 11:16–17).
11. Cades-Barnéia Moisés envia espiões para a terra prometida; Israel rebelou-se e foi impedido de entrar na terra; Cades serviu como o acampamento principal de Israel durante muitos anos (Núm. 13:1–3, 17–33; 14; 32:8; Deut. 2:14).
12. Ribeiro de Arnom Israel destruiu os amorreus que lutaram contra eles (Deut. 2:24–37).
13. Monte Nebo Moisés viu a terra prometida (Deut. 34:1–4). Moisés fez seus três últimos sermões (Deut. 1–32).
 14. Campinas de Moabe O Senhor disse a Israel que fizesse a divisão da terra e que expulsasse os habitantes (Núm. 33:50–56).
15. Rio Jordão Israel atravessou o Rio Jordão a seco. Próximo a Gilgal, pedras tiradas do fundo do Rio Jordão foram reunidas em um memorial da divisão das águas do Jordão (Jos. 3–5:1).
16. A Lei do SENHOR!
A lei do Senhor que foi entregue a Israel como povo é a base para formação de Israel como nação. Na maioria do tempo Israel fracassou no trato com Deus e com o próximo. Também como nação escolhia ora os ídolos sem vida ora as abominações e pecados.
No tempo dos juízes vemos a misericórdia de Deus na vida da nação onde a correção do Pai trazia o filho de volta pro caminho e a graça os fortalecia até pelo menos a próxima geração onde o povo acabava por errar e transgredir a lei do Senhor.
Depois desse período o povo clama por um rei em Israel o que o Senhor os concede segundo a vontade de seus corações.


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