Por Fabio Alves
Ai dos que decretam leis injustas, e
dos escrivães que prescrevem opressão.
Para desviarem os pobres do seu direito, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos
Isaías 10:1-2
Para desviarem os pobres do seu direito, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos
Isaías 10:1-2
Na época do profeta Isaías a injustiça
social em Judá e nações circunvizinhas era grande e os reis de seu tempo
decretaram leis injustas que saqueavam o povo. Aumentava dia após dia o abismo social entre
as camadas sociais do reino. Os ricos estavam cada vez mais abastados e muitos
dos pobres estavam ficando a margem da sociedade. Essa realidade fez o profeta messiânico
levantar sua voz diversas vezes contra os governantes de seu tempo exigindo que
no caso de Judá se observe a lei mosaica para aplicar a justiça aos menos
favorecidos da sociedade.
A lei de Deus garantia uma divisão de
forma que ninguém precisa-se mendigar o pão, mas o que aconteceu e que os
legisladores não estavam legislando e julgando segundo a palavra do Senhor, mas
o mesmos eram amantes de si mesmo e os que mais sofriam eram as viúvas e os órfãos
que chegaram a um estado de miséria e penúria, pois, tinham os seus direitos
roubados.
Além da injustiça outro problema era a
idolatria que acompanhou todos os reis de Israel e muitos reis de Judá que
abandonaram o único Deus vivo e verdadeiro para adorarem um pedaço de madeira
feito por mãos humanas.
O culto ao exército dos ídolos envolvia
sexo ilícito, sacrifício de crianças, drogas e bruxaria e todo tipo de
invocações. Tudo isso era abominável ao Senhor que é Santo. Com tudo isso a
violência estatal e social não tardaria a eclodir na sociedade que deveria ser
separada para Deus e que deveria testemunhar da justiça e não praticar as
mesmas abominações das nações vizinhas.
Hoje guardada as proporções à injustiça social
no sistema capitalista não é diferente. O capitalismo é um sistema camaleão que
vai se adaptando para não morrer, mas todas as vezes que o mesmo se reinventa
um número maior de pessoas fica a margem da sociedade.
O atual modelo não tem o homem como
centro, mas os fluxos de capital e as mercadorias, para esses são projetados tudo
dentro do sistema.
O modo de produção anárquico típico do
capitalismo também pode ser considerado irracional do ponto de vista ecológico.
As multidões de pessoas que estão
ficando a margem da sociedade são imensas em alguns casos são nações inteiras.
Como toda sociedade perversa, a
idolatria, a sexualidade deturpada, a violência e a injustiça são marcas que
nos remetem a tomar uma posição.
E como o profeta Isaias fez em sua
geração devemos levantar nossa voz profética e pregar a justiça do Senhor que
garante o direito dos menos favorecidos. O Senhor ama o homem e o planeta e
abomina a perversidade e a idolatria. Para mim essa é uma agenda para ser
defendida em nossos dias!
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