05/05/2017

Êxodo



Por Fabio Alves


Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem.
Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas. Êxodo 3:9,10

Os Egípcios e seus imperadores fizeram o povo hebreu gemer de tal forma que seu clamor chegou ao Senhor, que envia Moises para libertar o povo de terrível jugo.
 Depois da retomada do Egito e expulsão dos Hicsos, o movimento de expansão do império chegou a dominar das fronteiras Etíope até o Eufrates.

 Os egípcios tinham na figura do faraó a encarnação do deus sol e acreditavam que ele governava dois mundos, o material e o etéreo.  

As leis egípcias impuseram uma servidão terrível ao povo de Israel que em outros tempos gozavam de privilégios na terra de Gosém que foi cedida pelo governo hicso e que tinha José como um governante justo, que trouxe naquele tempo justiça social e equidade a terra.

Agora a realidade é outra com os egípcios de volta ao controle de seu território, a política do rei se baseava num precedente religioso: o faraó era considerado filho da divindade e, portanto, herdeiro de todo o país e outras regiões dominadas. Por isso, se pagavam impostos e em épocas economicamente difícil  podiam ser reduzidos à categoria de servos e escravos.

O imperialismo egípcio carregou às cidades Cananéias de pesados tributos o que de certa forma ajudou os israelitas em sua futura empreitada na conquista da terra de Canaã.

 Esta política de pilhagem fortalecia a metrópole egípcia a apropriar-se desmedidamente da produção dos empobrecidos subúrbios cananeus na palestina, ao mesmo tempo em que espoliava através da escravidão o povo hebreu. 
Foi um período de prosperidade para a forte elite sacerdotal e latifundiária egípcia e para o faraó.

 Como resultado de toda essa política houve o aumento brutal das desigualdades sociais e econômicas, multiplicando também o descontentamento popular por conta dos pesados tributos que eram impostos tanto pela metrópole imperialista quanto pelos governos locais que se organizavam da mesma forma transformando a vida do povo em uma realidade dura e pesada.
Todo esse sistema era baseado na idolatria e no suposto direito divino do imperador, o faraó.

Dentro deste contexto histórico é que o Senhor ouve o clamor de seu povo e responde.
Primeiro vemos que era necessário derrotar a base que sustentava todo sistema piramidal que justificava a escravidão. No relato do texto de Êxodo escrito por Moises, as dez pragas poem por terra todo sistema dos ídolos que justificavam a expropriação dos Hebreus e dos povos que foram submetidos aos tributos egípcios, derrotando por ultimo o principal ídolo provando para todos os povos que estavam debaixo daquele regime idolatra e perverso que há um só Deus e que Ele  é justo  e fiel para libertar tanto da escravidão espiritual quanto do sistema opressor deste século apontando assim para totalidade da obra do Messias.  

Vivendo esta realidade as tribos de Israel entenderam que estavam em um  momento revolucionário rumo a liberdade. No Egito repeliram a escravidão e se prepararam para uma nova sociedade que se estabeleceu com a saída do Egito e com o estabelecimento das leis do Sinai que selaram a aliança entre Deus e seu povo Israel.

O livro do Êxodo nos relata um movimento percorrido pela grei israelita que sai do jugo da escravidão e caminha para terra prometida, uma terra que mana leite e mel, para liberdade da opressão do sistema humano e da escravidão espiritual. Tendo a fé em Deus e a intervenção divina como elementos centrais para realização deste feito que termina com a conquista de Canaã.

É importante ressaltar que os 40 anos no deserto sevem não só para limpar Israel de seus pecados como também é um tempo dado para que os povos cananeus se arrependam o que infelizmente não aconteceu.

A aliança entre Deus e seu povo estabeleceu através da graça e da benevolência, meios para construção de um novo tempo em que se, observando a lei de Deus, se restabeleceria a justiça, a equidade e a fraternidade entre os homens em seu viver diário. 

Apesar de vivermos um tempo histórico distinto a mesma tem comprovado que ao longo do tempo se construiu  modos de produção  que por conta do pecado dividiu a sociedade em classes sociais.

 Essa divisão fez com que essas classes distintas se colocassem em luta.
 Ora luta aberta ora disfarçada entre opressores e oprimidos.
No nosso tempo a pilhagem se dá principalmente por meio de grandes corporações e pelo sistema financeiro que controla todas as etapas da economia.
Mas a obra do Messias é integral e Ele retornará  trazendo a plenitude do Reino de Deus! 

Deus é amor!

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