Por Fabio Alves
Pois agora o clamor
dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem.
Vá, pois, agora; eu o
envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas. Êxodo 3:9,10
Os Egípcios e seus
imperadores fizeram o povo hebreu gemer de tal forma que seu clamor chegou ao
Senhor, que envia Moises para libertar o povo de terrível jugo.
Depois da
retomada do Egito e expulsão dos Hicsos, o movimento de expansão do império
chegou a dominar das fronteiras Etíope até o Eufrates.
Os egípcios tinham na
figura do faraó a encarnação do deus sol e acreditavam que ele governava dois
mundos, o material e o etéreo.
As leis egípcias
impuseram uma servidão terrível ao povo de Israel que em outros tempos gozavam
de privilégios na terra de Gosém que foi cedida pelo governo hicso e que tinha
José como um governante justo, que trouxe naquele tempo justiça social e
equidade a terra.
Agora a realidade é
outra com os egípcios de volta ao controle de seu território, a política do rei se baseava num precedente
religioso: o faraó era considerado filho da divindade e, portanto, herdeiro de
todo o país e outras regiões dominadas. Por isso, se pagavam impostos e em
épocas economicamente difícil podiam ser reduzidos à categoria de servos
e escravos.
O imperialismo egípcio carregou às
cidades Cananéias de pesados tributos o que de certa forma ajudou os israelitas
em sua futura empreitada na conquista da terra de Canaã.
Esta política de pilhagem
fortalecia a metrópole egípcia a apropriar-se desmedidamente da produção dos
empobrecidos subúrbios cananeus na palestina, ao mesmo tempo em que espoliava
através da escravidão o povo hebreu.
Foi um período de prosperidade para a
forte elite sacerdotal e latifundiária egípcia e para o faraó.
Como resultado de toda essa
política houve o aumento brutal das desigualdades sociais e econômicas,
multiplicando também o descontentamento popular por conta dos pesados tributos
que eram impostos tanto pela metrópole imperialista quanto pelos governos locais
que se organizavam da mesma forma transformando a vida do povo em uma realidade
dura e pesada.
Todo esse sistema era baseado na
idolatria e no suposto direito divino do imperador, o faraó.
Dentro deste contexto histórico é que o
Senhor ouve o clamor de seu povo e responde.
Primeiro vemos que era necessário
derrotar a base que sustentava todo sistema piramidal que justificava a
escravidão. No relato do texto de Êxodo escrito por Moises, as dez pragas poem
por terra todo sistema dos ídolos que justificavam a expropriação dos Hebreus e
dos povos que foram submetidos aos tributos egípcios, derrotando por ultimo o
principal ídolo provando para todos os povos que estavam debaixo daquele regime
idolatra e perverso que há um só Deus e que Ele é justo e fiel para
libertar tanto da escravidão espiritual quanto do sistema opressor deste século
apontando assim para totalidade da obra do Messias.
Vivendo esta realidade as tribos de
Israel entenderam que estavam em um momento revolucionário rumo a
liberdade. No Egito repeliram a escravidão e se prepararam para uma nova
sociedade que se estabeleceu com a saída do Egito e com o estabelecimento das
leis do Sinai que selaram a aliança entre Deus e seu povo Israel.
O livro do Êxodo nos relata um
movimento percorrido pela grei israelita que sai do jugo da escravidão e
caminha para terra prometida, uma terra que mana leite e mel, para liberdade da
opressão do sistema humano e da escravidão espiritual. Tendo a fé em Deus e a
intervenção divina como elementos centrais para realização deste feito que
termina com a conquista de Canaã.
É importante ressaltar que os 40 anos no deserto sevem não só para limpar Israel de seus pecados como também é um tempo dado para que os povos cananeus se arrependam o que infelizmente não aconteceu.
A aliança entre Deus e seu povo
estabeleceu através da graça e da benevolência, meios para construção de um
novo tempo em que se, observando a lei de Deus, se restabeleceria a justiça, a
equidade e a fraternidade entre os homens em seu viver diário.
Apesar de vivermos um tempo histórico distinto a mesma tem comprovado que ao longo do tempo se construiu modos de produção que por conta do pecado dividiu a sociedade em classes sociais.
Essa divisão fez com que essas classes distintas se colocassem em luta.
Ora luta aberta ora disfarçada entre
opressores e oprimidos.
No nosso tempo a pilhagem se dá principalmente por meio de grandes corporações e pelo sistema financeiro que controla todas as etapas da economia.
Mas a obra do Messias é integral e Ele retornará trazendo a plenitude do Reino de Deus!
No nosso tempo a pilhagem se dá principalmente por meio de grandes corporações e pelo sistema financeiro que controla todas as etapas da economia.
Mas a obra do Messias é integral e Ele retornará trazendo a plenitude do Reino de Deus!
Deus é amor!
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